A Prefeitura de Campina Grande apresentou na noite desta terça-feira, 8, as ações desenvolvidas no âmbito da saúde da mulher e da saúde materno-infantil durante uma audiência pública na Câmara Municipal de Vereadores. A audiência foi proposta pela vereadora Jô Oliveira.
A coordenadora da Rede Alyne, Laudeci Brito, apresentou todos os serviços do Município voltados para a saúde materno-infantil. A coordenadora de Saúde da Mulher, Ana Cristina, apresentou os avanços na área, com destaque para a descentralização da inserção de DIU e acesso ampliado a mamografias e exames citológicos com o Hospital de Amor e o Centro Materno-Infantil de Atenção Integral à Saúde (CEMAIS).
O coordenador do setor jurídico da Secretaria de Saúde, Bertrand Filho, ressaltou o empenho da pasta em um investigar todas as denúncias de violências contra as mulheres nos serviços. A diretora do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), dra. Suelem Clementino, destacou o serviço de ouvidoria da maternidade e convidou a população a fazer denúncias para ajudar à administração.
A diretora técnica, dra. Karolline Figueiredo, também se pronunciou. “Falar do ISEA é falar de uma história de mais de 70 anos dedicados à vida e à maternidade, ao cuidado obstétrico na Paraíba e em Campina Grande. O ISEA hoje é a maior maternidade pública do estado da Paraíba com cerca de 600 partos por mês e atendimentos que ultrapassam 170 municípios pactuados. Somos referência em gestação de alto risco e em UTI neonatal e obstétrica. E seguimos firmes mesmo com as limitações estruturais de um prédio de mais de 70 anos. Nosso compromisso é diário. O que está em jogo não é uma parte técnica ou partidária, é um direito à vida. O ISEA está firme, mas precisa da ajuda de todos vocês para continuar com a dignidade que merece”, disse.
O presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, Dr. Antônio Henriques, defendeu os servidores do ISEA e cobrou a construção de uma maternidade pública do Estado. “Esse problema é desse estado, não é de Campina Grande. O ISEA e seus profissionais não merecem ser condenados. É impossível que Campina Grande, a segunda maior cidade do estado, contar com apenas uma maternidade pública que atende a mais de 180 municípios. Desde a época da pandemia com a abertura do Hospital de Clínicas, foi anunciado que ali seria uma maternidade. Estamos esperando”, disse.
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