Nesta reta final d’O Maior São João do Mundo, a coordenação da Ação Intersetorial da Prefeitura de Campina Grande, coordenada pela Secretaria de Assistência Social (Semas), faz uma avaliação prévia dos trabalhos realizados no Parque do Povo. Esse trabalho servirá como base para novas diretrizes previstas na próxima edição.
Conforme a Semas, a proposta é que, a partir dos pontos positivos e negativos, seja possível elaborar novas propostas com o objetivo de melhorar a atuação das equipes. Para as noites com shows que atraiam mais pessoas ao Parque do Povo, será feita uma reavaliação, considerando a presença maior do público adulto e também infanto-juvenil.
Neste ano, um fato positivo foi comemorado pela coordenação: a redução no número de acolhimentos de crianças. Até o momento, e faltando poucos dias para o encerramento do evento, apenas uma criança, com 3 anos de idade e moradora de Campina Grande, foi encontrada perdida no Parque do Povo.
Inicialmente, as equipes tentaram localizar os pais. Mas, não obtiveram sucesso. A criança então precisou ser acolhida em uma das Casas da Esperança. Depois foi constatado que a mãe tem deficiência intelectual e o pai havia perdido a criança no circuito da festa. No outro dia, ocorreu a entrega ao pai, que é o responsável legal. E o Centro de Referência em Assistência Social (Cras), da região em que eles moram, segue acompanhando e orientando a família.
Redução nos Números
“A diminuição desse número de acolhidos só é possível graças a uma parceria firmada entre a Prefeitora de Campina Grande e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No ano passado tivemos 20 casos de acolhimento. A Polícia ajuda a fiscalizar vans e ônibus vindos de fora e não permite que esses veículos entrem na cidade se houver crianças e adolescentes desacompanhados dos pais. Este ano repetimos o sucesso, porque não tivemos o acolhimento de nenhuma criança vinda de outro município”, ressaltou o coordenador geral da Ação Intersetorial, Paulineto Sarmento.
Ainda de acordo com a coordenação, a duração do São João neste ano (38 dias), também ganhou uma maior adesão de crianças e adolescentes, o que já era esperado.
“Em shows como os de Alok e Matuê, por exemplo, que concentram um maior número de adolescentes, precisamos mudar a logística de trabalhos. Na área em frente ao palco, registramos um alto consumo de bebidas alcoólicas por esse público e, consequentemente, muitos encaminhamentos para o Posto de Saúde, dentro do Parque do Povo,” destacou Sarmento.
As noites de shows que atraem maior público, segundo ele, também dificultam o trabalho de abordagem. A ideia é que na próxima edição seja utilizada uma metodologia diferente de trabalho, considerando a grade de shows. Durante o monitoramento foi constatado que muitos pais ficavam com seus filhos pequenos bem próximos das caixas de som. Todos foram orientados sobre os prejuízos que essa exposição traz para a saúde auditiva dos filhos, no prazo médio de três anos.
“Em noite com shows com público menor no PP, as equipes são distribuídas nos restaurantes e no Parque Evaldo Cruz, onde normalmente há uma concentração maior de famílias com seus filhos. É importante estarem acompanhados dos pais ou responsáveis, desde que seguindo a recomendação da Portaria emitida pela Vara da Infância e Juventude (VIJ), assinada pelo então juiz titular, Perilo Lucena, sobre a presença de crianças menores de cinco anos de idade, no circuito da festa, até às 22h. Já crianças entre seis e doze anos devem permanecer até a meia-noite”, salientou Paulineto Sarmento.
Resultado Oficial
Os números oficiais com o resultado da Ação Intersetorial, no Parque do Povo e no distrito de Galante, serão divulgados na primeira quinzena do mês de julho. “Estamos muito satisfeitos com os resultados da Ação Intersetorial, no que diz respeito à diminuição no número de violações contra o público infanto-juvenil. Isso demonstra que estamos no caminho certo e estaremos sempre avançando com esse trabalho pioneiro no São João da nossa cidade”, concluiu o secretário da Semas, Fábio Thoma.
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