A Clínica Escola do Autismo – AFETO, que já atendia 120 crianças com nível de suporte 1,2,3 do Transtorno de Espectro Autista (TEA), ampliou esta semana os atendimentos com um novo serviço, que é o do espaço escola. Com a nova etapa, 160 crianças passam a compor o público da AFETO, sendo 50 delas com TEA a nível de suporte 3, que participarão dos atendimentos do espaço escola.

A ampliação busca oferecer um ambiente acessível com período intensivo para desenvolver as habilidades pré-acadêmicas, dentre elas habilidades cognitivas, linguagem e comunicação, motoras, sociais, emocionais e de autocuidado.

Segundo a diretora do espaço escolar, Débora Barbosa, a abertura desse serviço é direcionada ao preparo e desenvolvimento dessas crianças atípicas para as atividades no ambiente escolar. “As crianças terão acesso às terapias particulares no mesmo horário de funcionamento do espaço escolar, intercalando entre as atividades e o tratamento especializado. Inclusive, os profissionais que já atuavam no espaço clínico, como terapeutas e pedagogos, continuarão. A partir desse novo ambiente, teremos capoeiristas, professores de educação física, educadores voluntários sociais e uma professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE)”, afirmou.

“Meu filho já era acompanhado por psicóloga, pedagogo, fonoaudiólogo e psiquiatra. Agora, com o espaço escolar, estou cheia de expectativas, porque sei que será um passo a mais para nossas vidas. Os profissionais são muito empáticos com os pais e nossas crianças, e cada espaço é adaptado para cada uma delas. Além de ajudar com o autismo do meu filho, eles também ajudam na parte pessoal, chamando para conversar e oferecer apoio. Quando Levi chegou na AFETO, ele não se expressava e não conseguia se entrosar com outras crianças, mas hoje ele consegue, graças a esse suporte e acolhimento”, destacou Márcia Alves, mãe de Levi, que descobriu o autismo do filho aos 2 anos e está na AFETO desde o início.

Com a ampliação da Clínica Escola do Autismo, Estefano Ramos, pai de Adele, criança atípica, veio em busca de esperança para um futuro melhor, na AFETO. “Adele estuda na escola municipal desde o início, e sempre teve muito acompanhamento e suporte, o que fez ela desenvolver bastante. E hoje ela vai começar aqui na AFETO, então eu espero que ela deslanche, porque ela é não verbal, e o que mais esperamos é esse desenvolvimento da fala, as expectativas estão enormes”, conta.

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