Uma celebração da tradição e da essência cultural da Rainha da Borborema, dentro da programação d’O Maior São João do Mundo. Foi isso que a Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Cultura (Secult), proporcionou aos visitantes e campinenses durante os 38 dias de festa. Dados expressivos mostraram a participação massiva de quadrilhas e grupos folclóricos, grandes representantes da cultura nordestina, somando mais de 200 apresentações, divididas entre cortejos juninos, espetáculos, “arraiais escolares”, dentre outros.
No Parque do Povo e Quadrilhódromo, no Parque Evaldo Cruz, foram cerca de 100 apresentações de quadrilhas juninas, com destaque para cronogramas inéditos no São João de Campina, como a Mostra das Campeãs, que reuniu, na Pirâmide, apresentações das quadrilhas mais bem colocadas no Festival Campinense de Quadrilhas Juninas; e o Festival Paraibuco, onde juninas do Agreste de Pernambuco e da Paraíba disputaram o pódio no Quadrilhódromo.
As juninas estiveram também em outros espaços da cidade, divulgando e enaltecendo nossas tradições, seja nas apresentações da Vila do Artesão, se misturando com as cores e o artesanato exposto no espaço, que é gerido pela Agência Municipal de Desenvolvimento (Amde). Como também recepcionando os turistas no Aeroporto Presidente João Suassuna.
Fotos e vídeos: Natasha Leoni e Thallys Andrade / Arte Produções
As apresentações foram possíveis graças ao aporte histórico feito pela Prefeitura, por meio da Secult, destinando o valor de R$ 350 mil para as agremiações juninas, e antes do início da festa, viabilizando os espetáculos com antecedência. O apoio também ocorreu com os grupos folclóricos, que este ano contaram com um processo de credenciamento e seleção contribuindo com a festa em mais de 50 apresentações.
A sociedade civil esteve ainda mais perto do São João, quando, em seu cronograma de apresentações, a Secult encaixou os arraiais escolares, reunindo diversas apresentações de quadrilhas, grupos e solos de dança de 15 instituições, públicas e privadas, da região. A arte-educação foi destaque também com a mostra do resultado de 16 turmas do Centro Cultural Lourdes Ramalho, mostrando ao público que o fomento à Cultura também ocorre com a formação de novos artistas.
As ativações culturais e os cortejos juninos invadiram as ruas dos dois Parques, colecionando sorrisos e interações por onde passaram. Foram cerca de dez movimentações, reunindo trupe junina, grupos folclóricos, quadrilhas, os mascotes da festa – Milharilda e Sabugildo, e até uma participação mais que especial do Zé Gotinha, do Ministério da Saúde. Os cortejos evidenciaram a potencialidade cultural da cidade e também proporcionaram ao público presente a possibilidade não só de encantamento, mas de integrar-se à expressão artística, ativamente.
Ainda de forma inédita, a Réplica da Catedral Diocesana N. Sra. da Conceição, no Parque do Povo, foi palco para apresentações da centenária Filarmônica Epitácio Pessoa, gerida pela Secretaria de Cultura. A banda carrega 127 anos de história e compôs o cronograma cultural d’O Maior São João do Mundo, edição 2025, com um repertório especial de Clássicos Juninos.
A verdadeira cereja no bolo das atividades culturais inseridas na grade do grande evento foi o Casamento Coletivo, que, mais uma vez, selou a união de 100 casais no coração do Parque do Povo, a Pirâmide, emocionando a todos os presentes com um grandioso “sim” no Dia do Namorados, e véspera de Santo Antônio.
E não parou por aí. Campinenses e turistas puderam desfrutar de um verdadeiro roteiro cultural e mergulhar na história da Rainha da Borborema, com as visitações ao Museu Histórico e ao Museu do Algodão. Neste último, que remonta a história do ciclo do algodão da Rainha da Borborema, mais de 3.300 pessoas visitaram o espaço.
Coroando o encerramento da programação cultural, a noite deste domingo foi recheada de espetáculos, enchendo o Parque do Povo e o Quadrilhódromo do Parque Evaldo Cruz de cores, brilho e tradição, além de um lindo cortejo que encantou os presentes.
Quadrilhas juninas, como Moleka 100 Vergonha, Escurrega Mai Num Cai e Arraiá do 40, junina Garrafão, da cidade de Uiraúna; além dos grupos folclóricos Ariús, Cabroar, Tropeiros da Borborema, Acauã da Serra, Cia Raízes e Maria Lampião, abrilhantaram a noite, levando o melhor da nossa cultura, fechando os espetáculos d’O Maior São João do Mundo com beleza e desenvoltura.
“Ficamos muito felizes, pois estamos encerrando com chave de ouro mais uma edição d’O Maior São João do Mundo. A gente sabe que o turista vem prestigiar a parte cultural e a quadrilha é uma das grandes ferramentas de Cultura da nossa cidade. Fechar O Maior São João do Mundo, junto à Moleka 100 Vergonha, que é a minha junina, é uma honra. É sempre bom mostrar para público o que é a cultura local, o que é a quadrilha junina e levar essa alegria. Que esse São João fique na memória coletiva de todos”, destacou Alex Santos, quadrilheiro da Moleka 100 Vergonha.
O secretário de Cultura, André Gomes, chancelou a fala do quadrilheiro, reforçando o potencial da Rainha da Borborema em gerar identificação com turistas e campinenses, através das expressões culturais.
“Com um sentimento de gratidão e dever cumprido, encerramos hoje a 38ª noite d’O Maior São João do Mundo, entregando ao público exatamente aquilo que ele vem buscar: cultura. Quando falamos em São João, lembramos imediatamente das quadrilhas juninas, dos grupos folclóricos, da Pirâmide do Parque do Povo. Mais do que uma festa, trata-se de uma verdadeira cadeia produtiva, que, por meio de um trabalho intersetorial, conseguiu realizar um evento de sucesso absoluto, com recorde de público e um comércio pulsante”, concluiu André.
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