O Município de Campina Grande iniciou na manhã desta quinta-feira, 24, a sua I Conferência Municipal de Saúde Mental, um marco para a consolidação de políticas públicas no segmento. A abertura aconteceu no Teatro Municipal Severino Cabral, onde segue até a tarde da sexta-feira, 25. A programação é transmitida pela página oficial da Secretaria Municipal de Saúde no Facebook e no canal do Youtube do Conselho Municipal de Saúde.

Pela manhã, a Conferência recebeu a palestra do doutor em ciências sociais, Fernando Kinker, referência nacional no tema. Em seguida, os participantes acompanharam a palestra da psicóloga Mariana Patrícia da Silva, representante da Assistente Social da Gerência de Atenção Psicossocial da SES/PB. Encerrando a rodada de palestras, a coordenadora da rede de saúde mental do município, Lívia Sales, falou sobre os serviços de Campina Grande.

Participaram da solenidade de abertura a primeira-dama da cidade, a psicóloga Juliana Figueiredo Cunha Lima; o vice-prefeito, Lucas Ribeiro; o secretário de saúde, Dr. Gilney Porto; o secretário de educação, Asfora Neto; a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Dra. Joaquina Amorim; e representantes dos Conselhos Estadual e Nacional de Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, de universidades, diversas autoridades sanitárias, vereadores e representantes de categorias e de serviços em saúde, além dos próprios usuários do sistema.

A primeira-dama, que é considerada a madrinha do programa municipal SaudavelMente, recebeu uma homenagem dos servidores da rede de saúde mental do município. “Foi um ano inteiro para que pudéssemos estar aqui hoje, discutindo as políticas de saúde mental da nossa cidade. Ouvir as pessoas é a parte mais importante desse processo, entender as suas necessidades e colocar isso em prática. Como psicóloga, fico muito realizada”, disse.

No período da tarde, estão sendo desenvolvidas apresentações com representantes da Justiça, do Ministério Público da Paraíba, do Conselho Tutelar e da rede de assistência social do município; além da palestra da professora doutora em Psicopatologia Clínica da Universidade Estadual da Paraíba, Maria Eulálio Carmo.

Na sexta-feira, serão discutidas as propostas de melhorias e as diretrizes para as políticas públicas de saúde mental. As propostas, que serão votadas e eleitas pelos delegados da Conferência, serão levadas para a Conferência Estadual de Saúde Mental e, posteriormente, para a Conferência Nacional de Saúde Mental.

Os delegados foram escolhidos nas pré-conferências que foram realizadas em onze distritos sanitários da cidade. O tema da Conferência é “A política de Saúde Mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade rumo a avanços e garantia dos serviços de atenção psicossocial no SUS”.

Melhorias – O Município de Campina Grande é realmente uma referência em saúde mental. Após a lei da reforma psiquiátrica, a cidade foi a primeira da Paraíba e uma das primeiras do Nordeste a implantar leitos psiquiátricos dentro de um hospital geral, para prestar cuidado integral à saúde dos pacientes, e não somente ao sofrimento psíquico.

A cidade também adotou a política de inclusão social e de luta antimanicomial, implantando residências terapêuticas para as pessoas que precisam de acompanhamento constante, dando liberdade e autonomia no processo de reabilitação e estímulo à prática do convívio social, sempre assistidos por uma rede de cuidados com equipe multidisciplinar.

No ano passado, foi inaugurado o primeiro ambulatório de saúde mental da cidade, com atendimento de livre demanda para toda a população na Policlínica do Catolé. Outros avanços foram as mudanças e ampliações dos Centros de Atenção Psicossocial Infantil (Capsinho) e Novos Tempos (Caps II), além da implementação do Programa Psicológico do Pré-natal, que vai prestar assistência ao quesito emocional às gestantes durante a gravidez.

Outro destaque também foi o serviço psicológico do Centro de Reabilitação Pós-Covid SuperAR, para pacientes com sequelas da doença, além da realização histórica da campanha Setembro Amarelo em 2021, a maior já executada no estado da Paraíba, com uma série de ações integradas.

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