No último sábado, 30 de novembro, a Unidade de Coordenação da Pessoa com Deficiência, instalada pela Prefeitura de Campina Grande no Complexo Aluízio Campos, completou um mês de funcionamento com aproximadamente 205 atendimentos já realizados. No local também estão cadastradas cerca de 30 famílias atípicas, que têm acesso aos serviços oferecidos pela assistência social, terapia, cursos de crochê, laços, sandálias decoradas, corte e costura. A unidade também oferece cursos de karatê, às sextas-feiras, às 17h30, em parceria com a Universidade Uninassau.
O equipamento, que funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h, contabiliza, junto com o Centro Dia, 2.368 mães atendidas. O Centro Dia funciona no Bairro Universitário. Uma dessas mães é Ana Aparecida Simões, que tem um filho com 5 anos de idade que é autista. Ana, que enfrenta problemas de ansiedade, depressão e síndrome de Burnout, disse estar satisfeita com toda atenção e acompanhamento realizado pelas psicólogas da unidade.
“É de extrema importância, pois me sinto muito bem acolhida. Elas me recebem com atenção, carinho e empatia. Eu sinto que elas têm a vontade de ajudar e tem sido muito importante pra mim, estou muito satisfeita”, disse Ana Aparecida.
A gerente da Pessoa com Deficiência (PCD), Edna Silva, ressalta o trabalho realizado em relação ao quantitativo de famílias PCD’s no Aluízio Campos. São 164 autistas, 28 com deficiência intelectual, 16 com síndrome de Down, 12 famílias com casos de microcefalia, 23 com deficiência visual e 12 com deficiência auditiva.
“Aqui temos uma produtividade e comodidade maior para os nossos usuários, visto que são muitas famílias que estão sendo acompanhadas de perto pelas nossas equipes. A proporção de aumentarmos esse número de atendimento é muito maior. Uma demanda mais efetiva e imediata, já que antes trabalhávamos com agendamento. Estamos retirando essas pessoas da invisibilidade, tornando-as protagonistas da sua própria história”, disse Edna Silva.
O secretário Fábio Thoma (Semas), destacou o trabalho realizado pelas equipes. “Estamos muito otimistas com todo esse trabalho desenvolvido pela Coordenação PCD na unidade do Aluízio Campos. Significa de fato mais famílias atípicas sendo alcançadas, para que possam viver com dignidade e respeito. Essa é a importância desse trabalho”, ressaltou o secretário.
Mapeamento por Módulos
Em breve, a unidade do Aluízio Campos também vai contar com um Mapeamento Geral das Famílias com Deficiência. O objetivo é facilitar o trabalho das equipes. “Será uma nova etapa, um mapeamento por módulos para atualizarmos não só o quantitativo de pessoas PCD’s, como também o tipo de deficiência. Graças ao apoio da Secretaria de Planejamento (Seplan), teremos, geograficamente, a localização de cada família, o que dará maior agilidade. Essas informações estarão inseridas no Observatório de Campina Grande, ou seja, teremos informações reais, de onde estão essas pessoas, e de onde se encontram”, disse Edna Silva.
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