Médico Bruno Leandro diz que lamentável mesmo foi a distorção de sua declaração e pede desculpas a colega exposto por blog
O médico Bruno Leandro de Souza, coordenador de Comunicação e Fiscalização do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, divulgou um áudio na manhã deste domingo, 09/05. Objetivo: repelir e condenar, com indignação e veemência, a distorção de opiniões suas por parte de um blog de João Pessoa para atacar a Prefeitura de Campina Grande e um médico que atua na linha de frente do Hospital Pedro I.
No áudio, Bruno Leandro explica que, em nenhum momento, deu declarações contra a prescrição de determinados medicamentos por profissionais que trabalham no Pedro I, nem em nome próprio e, muito menos, em nome do CRM, como explicitamente afirmou a matéria.
“A direção deste Conselho não se manifestou e não se manifestará sobre o uso de Cloroquina, até em obediência a uma recomendação do próprio Conselho Federal de Medicina (CRM) que permite a prescrição, sempre baseado no princípio da autonomia do médico e do paciente. E, pelo mesmo princípio, é defendida e entendida também a não prescrição da Cloroquina”, disse.
O diretor de Comunicação do CRM-PB criticou qualquer maniqueísmo em volta dessa discussão e confirmou que sua fala foi “colada” em um outro contexto com finalidades meramente políticas.
“Uma matéria jornalística colou a minha opinião como médico à conduta de outro colega. Isso é absolutamente lamentável”, disse Bruno Leandro.
“Ao colega, que se sentiu desconfortável, vai aqui meu pedido de desculpas, mas saiba que, de minha parte, não houve nenhuma intenção, nenhum dolo em relação a criar nenhum tipo de animosidade, até porque tenho certeza que o objetivo maior, em relação à matéria, não é uma questão médica, mas uma questão política”, complementou.
Repercussão
Além do intuito político (na pior expressão do termo) da publicação, em um espaço claramente a serviço de uma agenda focada em atacar Campina Grande insistentemente,no coordenador de Comunicaçãonão Município, Marcos Alfredo, lamenta que, em prol da repercussão da montagem o fato, um dos principais propagadores tenha sido o próprio secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, através de suas redes sociais.
A atitude do secretário, ma avaliação de Marcos Alfredo, é grave pois, além de difundir fake news, na condição de médico, deveria conhecer e respeitar os princípios que regem a profissão ou, pelo menos, não se juntar a uma ofensa contra um colega que está lutando na linha de frente da batalha contra a pandemia para salvar vidas.
Codecom