Nesta quinta-feira, 18, é comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. O Município de Campina Grande desenvolve ações desde o ano de 2005, em conformidade com a Lei da Reforma Psiquiátrica 10.216. A cidade é reconhecida pelo trabalho com as Residências Terapêuticas, pelo fato de ser o primeiro município paraibano e um dos primeiros do Nordeste a abrir leitos de emergência psiquiátrica em um hospital geral e por transformar o espaço do antigo manicômio da cidade em um parque, o Parque da Liberdade.
Além desse trabalho simbólico, outras ações diárias se juntam ao programa Saudavelmente, da Rede de Saúde Mental, como as atividades lúdicas de inclusão social. Os moradores das quatro Residências Terapêuticas participam de um projeto chamado “Conhecendo Campina”, fazendo passeios pela cidade, visitas a pontos históricos, shoppings e praças.
Além disso, eles costumam participar de atividades de arte e cultura, dentro de uma lógica de Arte e Saúde Mental, conforme os ensinamentos de Nísia da Silveira. “Essas ações promovem autonomia, fazem com que essas pessoas se sintam de fato cidadãs. Pensar que todos eles eram tratados em manicômios fechados com tratamentos deploráveis e que hoje fazem parte da cidade, utilizam os espaços públicos e vivem uma vida com arte”, disse a coordenadora do programa Saudavelmente, a doutora em psicologia Lívia Sales.
Campina Grande tem uma rede com oito Centros de Atenção Psicossocial, quatro Residências Terapêuticas, 1 Centro de Convivência e os leitos de emergência psiquiátrica no Hospital Municipal Dr. Edgley. Em 2021, a Prefeitura de Campina Grande abriu o Ambulatório de Saúde Mental Psicóloga Ivânia Rodrigues, na Policlínica do Catolé. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) também dispõe de atendimento com psiquiatra para casos graves.
Durante todo o mês, a Secretaria Municipal de Saúde está realizando várias ações em alusão à data em todos os Caps e nas Residências Terapêuticas. O encerramento acontece no final do mês.
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