Esta terça-feira, 29 de agosto, marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Em Campina Grande, o Programa de Controle do Tabagismo, da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campina Grande, oferece tratamento e acompanhamento multidisciplinar para auxiliar o fumante a abandonar o vício.
O trabalho é desenvolvido com grupos de fumantes e já está presente em mais de 30 serviços. Os interessados em participar devem procurar um dos serviços. Os grupos são formados por tabagistas, que se reúnem para receber orientações e o acompanhamento de médicos, psicólogos e assistentes sociais para ajudar a deixar o cigarro.
Eles também recebem medicação, a exemplo do adesivo utilizado para diminuir a vontade de fumar e antidepressivos. Em algumas unidades, como a UBS Raiff Ramalho, as reuniões acontecem no período da noite para propiciar que os trabalhadores não deixem de participar. Neste ano já se inscreveram mais de 200 pessoas e os locais mais procurados são o Centro de Saúde Francisco Pinto e a Policlínica do Catolé.
Em Campina Grande foi desenvolvida uma terapia que tem alcançado resultados ainda melhores. A terapia auricular, ou acupuntura auricular, é utilizada com alguns dos fumantes. O modelo já foi aplicado em mais de dez grupos. O projeto foi premiado no 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade e foi apresentado no Congresso Internacional de Medicina da Família, o World Conference of Family Doctors (WONCA).
O programa é desenvolvido desde 2007 na cidade. Os dados mostram que 81% dos inscritos inicialmente em média conseguem parar de fumar. O Ministério da Saúde entende que pelo menos 30% precisam deixar o cigarro para que o projeto seja considerado eficiente na cidade. “Temos resultados excelentes e estamos expandindo cada vez mais o programa, que intitulamos de Campina Livre do Fumo”, disse a coordenadora Byanka Andrade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro é responsável por 90% dos casos de morte em pessoas com câncer de pulmão. Além do câncer de pulmão, fumar pode causar danos em outras partes do corpo e problemas cardiovasculares. Em Campina Grande, a média de mortes por câncer de pulmão é superior a 50 óbitos por ano.
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