A última sexta-feira da edição 2022 do Maior São João do Mundo foi uma das mais esperadas durante todo o período de divulgação e realização da festa. A noite, apesar de não estar mais inserida no mês de junho, foi munida de muita identidade cultural regional em um dos epicentros do Parque do Povo: a Pirâmide.






Por lá passaram as quadrilhas Xique Xique, do município de Arara; Quadrilhando, de Campina Grande e Terra dos Fortes, da cidade de Taperoá. Além da brilhante participação do grupo folclórico Tropeiros da Borborema, que completa, neste ano, 40 anos de atividades, sendo o pioneiro do estilo em Campina Grande.
A primeira quadrilha a se apresentar foi a Junina Xique Xique, formada por alunos da Escola Luzia Laudelino da Silva Medeiros. Segundo a professora e coordenadora, Ana Lúcia Azevêdo, mesmo com muitas dificuldades foi uma honra para a quadrilha se apresentar n’O Maior São João do Mundo. Ela definiu a ocasião como um sonho.
“Uma quadrilha simples de uma escola e veio mostrar o que tem de melhor. Mostrar que eles podem ser dançarinos profissionais mais para frente. Tivemos muita dificuldade para chegar até aqui, boa parte dos adolescentes são da Zona Rural. Devido às chuvas tivemos rios passando e alguns precisaram nadar para pegar o carro e chegar até aqui. Então, é um orgulho. Sinceramente ficamos sem palavras, agradecemos muito”, destacou.
Em um segundo momento foi a vez do grupo Tropeiros da Borborema mostrar porque é referência no assunto cultura. Com muito xaxado e representação regional foram aclamados de pé pelo público do local.
A terceira apresentação foi da Junina Quadrilhando, com organização da Associação de Quadrilhas Juninas de Campina Grande (Asquaju-CG). Perpassando por diversos ritmos tradicionais, os quadrilheiros abrilhantaram o coração da festa.
Por fim, direto do Sertão da Paraíba, a Pirâmide do Parque do Povo abriu as portas para a Terra dos Fortes com o espetáculo “Suassunando no Reino de Ariano”, homenageando o mestre Ariano Suassuna.
A junina passou por diversos ritmos, do Forró ao Maracatu, contanto a história do escritor paraibano, bem como encenando uma de suas principais obras: O Auto da Compadecida.
O chamador da Terra dos Fortes, Martins Rodrigues, disse que a apresentação necessitou de uma vasta pesquisa para as músicas, danças e o teatro.
“Não temos palavras. Estávamos ansiosos em fazer essa apresentação aqui. É nosso terceiro ano de quadrilha e é um prazer enorme estar em Campina Grande, no Maior São João do Mundo”, agradeceu o quadrilheiro.
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