Um projeto criado na Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro fez com que 62 estudantes, do 2º ao 5º ano, finalizassem 2024 com 139 medalhas e certificados conquistados em olimpíadas de conhecimento regionais, nacionais e internacionais de matemática, educação financeira, raciocínio lógico, literatura, português e robótica.
Os estudantes participaram de olimpíadas como a OBMEP Mirim, Matemática Sem Fronteiras, Mandacarú de Matemática, OP BÊ A BÁ, OBRL entre outras. Das 139, 50 medalhas foram conquistadas na Olímpiada Internacional de matemática. A ideia do projeto partiu da própria comunidade escolar, que se uniu para estimular e auxiliar os estudantes a participarem das competições.
Para a Gestora da escola, Lívia Maria Serafim, a conquista foi uma surpresa: “Tantas medalhas, tantas conquistas. Surpresa atrás de surpresa, e orgulho atrás de orgulho. Superou todas as expectativas que a gente tinha. Na verdade, a gente pensou um projeto para dar resultado em 2025, mas que já virou recordista de medalhas. Já temos planos de ampliar o projeto em 2025 para outras escolas, inclusive aumentando as áreas de conhecimento trabalhadas.”, disse Lívia.
A gestora conta também que o projeto influenciou nas notas e no comportamento dos estudantes envolvidos: “O objetivo é mostrar a qualidade da educação pública e deixar alunos que não são proficientes, que têm dificuldade na aprendizagem, se sentirem estimulados a aprender cada vez mais. Então, em termos de avaliação externa, nós não temos mais alunos improficientes na escola, tanto em língua portuguesa como matemática, dos níveis que participam do projeto de ensino olímpico. Todos estão entre proficientes e avançados. Em termos de comportamento, todos melhoraram também. Inclusive, dia de prova agora é um dia diferente, é um dia em que eles ficam mais concentrados e colaboram com o processo de organização da escola.”, explica a gestora.
Alane Sophi, estudante do 2º ano, se destacou como a grande medalhista da escola: “Eu gosto de participar, acho bem legal. Algumas provas eram fáceis e as outras eram difíceis. Ano que vem eu quero participar de mais.”
A estudante também participou de uma cerimônia de premiação da Olimpíada Sertaneja de Matemática, realizada no auditório do Centro de Extensão José Farias da Nóbrega na UFCG. Nesta competição, no nível 1 (primeiro e segundo ano do Ensino Fundamental), quatro alunos da cidade de Campina Grande foram premiados sendo somente Alane de escola pública, recebendo também uma homenagem de honra ao mérito por todas as medalhas conquistadas esse ano.
O pai de Alane Sophi, Alécio Soares, foi um dos idealizadores do projeto, que acompanhou e auxiliou não só a filha, mas todos os outros estudantes. Ele conta que no início a ideia não foi de conquistar tantas medalhas, mas auxiliar as crianças na resolução de problemas e na aprendizagem.
“Nós acreditávamos que fosse algo que, de alguma maneira, iria ajudá-los, pois participar dessas avaliações possibilita melhorar os índices escolares. Essas premiações acabaram surgindo com consequência do empenho que as crianças apresentaram durante o projeto. Conseguimos perceber que aqui, na zona rural, a gente tem grandes talentos. Descobrimos algumas crianças com altas habilidades que acabaram tendo um desempenho acima do esperado,” conta Alécio.
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