O Festival de Inverno de Campina Grande (FICG) encerrou seu jubileu de ouro neste domingo (24), no Parque Evaldo Cruz. A edição histórica, que celebrou os 50 anos do evento, teve como destaque a diversidade na programação.
Fotos: Rondinelle de Paula
O evento contou com o apoio fundamental da Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Cultura. A programação, totalmente gratuita, do jubileu de ouro foi eclética e diversa, reunindo, durante 10 dias, música, dança, teatro, cinema e oficinas, com grandes nomes do cenário artístico local, nacional e mundial.
Passaram pelos palcos do Teatro Municipal Severino Cabral e do Parque Evaldo Cruz, além da icônica Feira Central de Campina Grande e da Praça da Bandeira, artistas renomados do cenário musical, como Elba Ramalho, Mayana Neiva, Val Donato, Eloísa Olinto, Varal de Cabaré, Alexandre Tan e Vanessa da Mata, entre outros
Vanessa da Mata, que comandou o show de encerramento do FICG, foi ovacionada e com recorde de público – marcando uma noite inesquecível para a Rainha da Borborema, com cerca de 25 mil pessoas.
Pela primeira vez no FICG, a artista mato-grossense emocionou o público com sua performance. A plateia não apenas acompanhou, mas formou um coro vibrante, transformando o espaço em um grande espetáculo coletivo.
“Foi tão grandioso, tão absurdo que, às vezes, eu nem ouvia a minha própria voz. As pessoas estavam tão comovidas, tão atentas e cantando tudo que parecia o show dos Los Hermanos. Eu achei maravilhoso. Sempre me surpreendo para melhor e me falaram que eu também surpreendi para melhor”, afirmou Vanessa da Mata, em forma de agradecimento.
Teatro e Dança
Grandes espetáculos teatrais e de dança também estiveram nesses espaços, com a presença de Luiz Carlos Vasconcelos, com “Silêncio Total: vem chegando o palhaço”; “Mary Stuart”, de Denise Stoklos; Fábio Vidal, com “Seu Bonfim”; “As Ciegas”, com a Cia. Elelei da Espanha; “Quebra-Nozes” e “Ziggy”, de Cisne Negro (SP), e tantas outras apresentações e exibições, como o documentário “Bloco da Saudade, Melhores Momentos: 91, 92, 93” de Romero Azevedo e o filme “Hablas, Pinho”, de Aluízio Guimarães e Nathan Cirino. Além disso, palestras e oficinas foram oferecidas, como a ministrada pelo dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus.
O prefeito Bruno Cunha Lima destacou a importância da celebração, e o Festival de Inverno como um patrimônio cultural de Campina Grande e do Brasil.
“Encerramos mais uma edição do Festival de Inverno de Campina Grande. Foram dias de música, dança, cinema, teatro e tantas expressões artísticas que encheram nossa cidade de cultura e emoção. O Festival é mais que um evento: é patrimônio, é identidade, é Campina mostrando para o Brasil e para o mundo a força da sua arte e da sua gente. Seguimos juntos, valorizando a cultura e celebrando tudo aquilo que nos faz sentir orgulho da Rainha da Borborema”, referendou o gestor.
Para o secretário de Cultura, André Gomes, o esforço coletivo para o resultado positivo do Festival foi crucial e o sucesso desses 50 anos é oriundo de muito trabalho e dedicação, principalmente por parte de sua fundadora, a ativista cultural Eneida Agra Maracajá
“Para mim é uma alegria poder ter participado ativamente do Festival de Inverno de Campina Grande, através da Secretaria de Cultura. E nós não poderíamos encerrá-lo sem agradecer de forma especial à professora Eneida. Quando a gente fala de Festival do Inverno, a gente não pode esquecer a professora, porque eles se entrelaçam, eles se confundem. Eneida é o Festival. E Eneida é uma referência viva de história, de cultura, de amor, da arte viva. Toda a contrapartida da Secretaria de Cultura, da Sesuma, das secretarias que trabalharam de forma intersetorial para que nós pudéssemos entregar a Campina Grande e aqueles que vêm de fora participar. Foi um grande evento”, destacou.
Idealizadora do Festival, Eneida Agra Maracajá também celebrou os 50 anos de história do FICG, reforçando o papel de resistência cultural que o evento proporcionou ao longo dos anos.
“Chegar aos 50 anos, mais do que resistência, é uma prova de fé no poder das artes. É paixão. Ninguém realiza nada sem se apaixonar. Acredito que o amor é o que permanece. Tudo passa, mas a arte — que é amor — fica”, declarou Eneida.
Com shows e espetáculos memoráveis, além da participação intensa da população campinense e de turistas, o Festival de Inverno de Campina Grande reafirma seu lugar como um dos mais importantes eventos culturais da Rainha da Borborema e do país, celebrando sua história e olhando para o futuro com ainda mais força.
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