Pediatra explica que, com os pais em casa durante a pandemia, as crianças estão adoecendo menos
Desde o mês de março, quando a cidade de Campina Grande registrou o primeiro caso de Covid-19, o Hospital Municipal da Criança e do Adolescente (HCA) vem apresentando redução no número de atendimentos na unidade. A diminuição dos procedimentos ambulatoriais e de internações no comparativo com o mesmo período do ano passado supera os 60%. Nos meses de março, abril e maio de 2020 foram realizados 5.205 atendimentos ambulatoriais, enquanto que no mesmo período de 2019 foram registrados 16.192 atendimentos, o que representa uma queda de 68%. Já com relação às internações, este ano foram 327 e no mesmo período do ano anterior foram 904, ou seja, uma queda de 64%.
De acordo com a Diretora Clínica do hospital, a endocrinologista pediátrica Taís Dantas, a redução tem uma explicação. “As crianças estão em casa e em casa os cuidados dos pais são maiores, o ambiente é controlado, não tem aglomerações e, portanto, elas ficam menos expostas a vírus e bactérias”, disse.
Além disso, as famílias também estão evitando buscar atendimento em casos mais simples em função do risco de contrair a Covid-19, mas a médica alerta para o perigo da automedicação. “Os pais devem ficar atentos e evitar usar medicamentos por conta própria, isso também é muito perigoso. É importante procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para obter orientação médica”, esclareceu.
O HCA é a referência em atendimento a crianças e adolescentes com suspeita do novo coronavírus. A direção do hospital tomou medidas preventivas criando um fluxo específico para os pacientes com suspeita. As outras alas são separadas e espaços de uso comum como a brinquedoteca foram fechados temporariamente.
Nova estrutura – A Prefeitura Municipal de Campina Grande está construindo o novo Hospital da Criança e do Adolescente, que terá quase 6 mil metros quadrados de estrutura, com 58 leitos e 2 isolamentos, 10 leitos de UTI infantil, 4 consultórios e sala de reidratação, 3 salas de cirurgia, refeitório, sala de ultrassom e raio-x, central de material esterilizado, lavanderia e laboratórios de exames. A obra está orçada em R$ 4,9 milhões e deve ficar pronta este ano.
Fonte: Codecom