A palavra na rede de saúde mental do Município de Campina Grande, por meio do Programa Saudavelmente, é Inclusão. E, neste mês de março, a coordenação das Residências Terapêuticas tem desenvolvido um dos projetos mais inclusivos e simbólicos da reforma psiquiátrica, que é o projeto Conhecendo Campina. Os moradores das Residências Terapêuticas (RTs) estão visitando os principais pontos turísticos da cidade.
São 34 moradores, pessoas com transtornos mentais. Muitos deles são egressos de anos de internação hospitalar em manicômios existentes no período anterior à reforma psiquiátrica. Boa parte deles sequer tinha conhecido um ponto turístico da cidade onde sempre viveram ou visitado espaços públicos como shoppings, teatro, cinema e museus.
“É um projeto de suma importância, posto que a reabilitação psicossocial está acontecendo nas ruas, na cidade, o que contribui também para a quebra de estigmas e preconceitos”, disse a coordenadora do programa Saudavelmente, a psicóloga Lívia Sales.
Os moradores já visitaram locais como o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) ou Museu dos Três Pandeiros, o Museu SESI Digital, Vila do Artesão e, nesta semana, eles também vão ao Teatro Municipal Severino Cabral e à Câmara Municipal de Campina Grande. Inúmeras outras visitas também estão previstas, como ao Aeroporto João Suassuna.
O Município tem seis Residências Terapêuticas e 34 moradores. “Alguns deles com mais de 30 anos de internação no antigo Hospital João Ribeiro, que tiveram a oportunidade de fazer vínculos afetivos, ter um lar e inúmeras oportunidades de reinserção social”, disse Lívia.
Durante todo o decorrer do ano, outras ações de inclusão são realizadas em campanhas, como Janeiro Branco e Setembro Amarelo, nos eventos Natal Iluminado e no Maior São João do Mundo. Campina Grande é referência no país em Saúde Mental, sendo uma das primeiras cidades a promover a reforma psiquiátrica e abrir leitos psiquiátricos em um hospital geral, no Hospital Municipal Dr. Edgley.
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