Além da campanha Novembro Azul, de prevenção do câncer de próstata, o mês de novembro também é dedicado a outra importantíssima ação: a orientação da sociedade sobre a prematuridade. De acordo com o Ministério da Saúde, todo ano são registrados em torno de 340 mil nascimentos prematuros, no Brasil, o equivalente a seis casos a cada dez minutos.
Por isso, o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) dedica este mês a abordar este assunto tão importante realizando ações para a conscientização sobre o tema. Serão realizadas, durante o mês, rodas de conversas e palestras com todas as gestantes e familiares atendidos na maternidade.
Entende-se por parto prematuro o nascimento de bebês nascidos antes das 37 semanas de gestação, sendo esta considerada uma das principais causas de mortalidade infantil. A ausência dos cuidados com o pré-natal é um dos fatores determinantes para esta situação alarmante.
Em Campina Grande, diversas estratégias na atenção primária são desenvolvidas para garantir o pré-natal de qualidade, a fim de evitar a prematuridade. No Isea, após o nascimento prematuro, os recém-nascidos têm acompanhamento específico com estruturas como a Ala Canguru, o Berçário Intermediário e a UTI Intensiva ou a Semi-Intensiva.
Portanto, é extremamente importante que as gestantes realizem de forma correta o seu pré-natal (realizando consultas médicas e exames periódicos, ultrassonografias de rotina e tomando todas as vacinas necessárias para o período), sempre com acompanhamento médico, garantindo assim tanto a sua saúde como para o bom desenvolvimento do bebê.
As principais causas que contribuem para a prematuridade são o tabagismo, o consumo de álcool, o uso de entorpecentes, o estresse, as infecções urinárias, o diabetes, a obesidade e a hipertensão durante a gestação.
A prematuridade é considerada um problema de saúde pública, pois ainda é cercada por desinformação. Pesquisas mostram que 30% das mães e pais de bebês prematuros desconheciam totalmente o tema antes de eles mesmos passarem por essa experiência; 30% conheciam muito pouco e 28% possuíam praticamente nenhum conhecimento sobre o assunto.
Por isso a necessidade de incluir o tema da prematuridade na formação e na capacitação contínua de profissionais de saúde que atuam na fase anterior ao parto, como os profissionais da Atenção Básica de Saúde, para que possam informar as famílias de maneira adequada e acolhedora, que muitas vezes um parto prematuro pode acontecer, mesmo sem sinais prévios.
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