A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri), mantém em 2024 o acordo de cooperação técnica com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Algodão), que objetiva oferecer aos agricultores do Município condição de cultivar de forma consorciada, numa mesma área, o algodão junto a outras culturas agrícolas tradicionalmente plantadas nesta região.
O projeto que originou a parceria entre a PMCG e aquela autarquia federal vem sendo executado desde 2023 e, devido ao sucesso alcançado em longo do ano passado, as partes envolvidas decidiram agora em 2024 ampliar as áreas de cultivo, objetivando o aumento da produção consorciada numa mesma área de plantação.
Intitulado “Ouro Branco”, o projeto do algodão orgânico conta com a cooperação técnica da Embrapa, na pessoa ao engenheiro agrônomo Miguel Barreiro Neto, e com o apoio do secretário de Agricultura de Campina Grande, Renato Gadelha, e da pesquisadora Jussara Costa, dos quadros da própria Seagri. Segundo eles, os resultados apresentados por esse inovador e próspero método consorciado de produção agrícola são objetos de entusiasmo junto aos agricultores do Município.
Nesta composição de cooperação técnica, os atores do projeto aproveitaram a exitosa experiência do ressurgimento do algodão orgânico nesta região para agregar junto aos algodoais outras espécies de cultivos, de modo que o homem do campo produza para o consumo de suas próprias famílias, como também de comercializar o excedente da produção.
O método consorciado de plantar favorece a uma ampla variedade de culturas agrícolas, com destaque para o milho, feijão, fava, amendoim, gergelim, além da palma forrageira, que começa a dar resultados para alimentação animal a partir de dois anos da sua plantação.
De acordo com o secretário Renato Gadelha, atualmente a plantação e produção do algodão orgânico estão distribuídas em mais de 30 propriedades, localizadas nos distritos de Catolé de Boa Vista e São José da Mata. A expectativa para este ano de 2024, segundo ele, é a de que os produtores rurais de Campina Grande deverão produzir mais de 30 toneladas de algodão com certificado de “Produto 100% Orgânico”.
Todo o algodão a ser colhido será destinado ao Instituto Casaca de Couro, que, por meio de parceria, adquire e paga o produto no próprio ato da compra. A partir daí, o algodão passará pelo processo de beneficiamento para ser transformado em tecidos, a serem utilizados por grandes empresas que atuam no mercado nacional e internacional de confecções.
De acordo com a pesquisadora Jussara Costa, das mais de 30 propriedades que hoje participam da produção do algodão 100% orgânico, três foram contempladas este ano com o “Projeto do Policultivo”, que ficam localizadas no distrito de São José da Mata, além do Sítio Lucas e Paus Brancos, em Catolé de Boa Vista.
Essas propriedades já recebem apoio técnico da Embrapa e da PMCG, como também servem de laboratórios para visitação dos demais agricultores, para que possam observar a execução e testemunhar o sucesso do projeto.
Além de fazer o corte de terra e de oferecer acompanhamento técnico aos agricultores, o projeto sobre algodão orgânico tocado pela Seagri, Embrapa e o Instituto Casaca de Couro ainda garante sementes, sacarias, venda e o transporte da produção.
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