No ano passado a Prefeitura de Campina Grande, por meio da atuação da Secretaria de Assistência Social (Semas), encerrou o ano com aproximadamente 75 mil serviços prestados pelo Centro Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop), que funciona na Feira Central. Esses serviços se referem aos atendimentos, acolhimentos, higienizações, alimentação, abordagens e encaminhamentos desse público para outros equipamentos da Prefeitura.

Dos serviços prestados pela Prefeitura está o atendimento realizado para 803 pessoas em situação de rua, durante o ano passado. Desse total, aproximadamente 80% admitiu ser dependente de drogas (a exemplo do crack e outras drogas ilícitas).

E neste primeiro mês de 2025 (janeiro), a *Busca Ativa do Centro Pop, contabilizou 296 pessoas* em situação de rua, sendo 159 do município e 137 migrantes, (vindos de outras cidades ou estados). Desse total, 26 delas estão em condições de vulnerabilidade social e receberam a devida assistência e encaminhamentos.

Além do Centro Pop, a Semas possui a Casa de Acolhimento Irmã Zuleide Porto, que funciona no bairro da Prata, destinada às pessoas em vulnerabilidade, que não têm onde morar ou pernoitar. O serviço contabilizou, em 2024, o total de 275 pessoas em acolhimento. Atualmente conta com 23 acolhidos, sendo 13 homens, 02 mulheres, 06 crianças e adolescentes e 02 pessoas LGBTQIA+.

Já o Programa de Abordagem Social para Crianças e Adolescentes em Situação de Rua (RUANDA), conta com uma equipe multidisciplinar, que realiza busca ativa para crianças e adolescentes nas principais ruas do centro da cidade, além de realizar oficinas em bairros mais distantes.

A Semas dispõe também do carro de banho, que atende dezenas de pessoas em vários pontos da cidade, com a oferta de kits de higiene (inclui sabonete, shampoo, condicionador, colônia, creme e escova dental). Também são ofertados os serviços de corte de cabelo, barbearia e doações de roupas.

O secretário da Semas e advogado, Fábio Thoma, ressalta o trabalho que é realizado pela Prefeitura de Campina Grande, através da pasta. Ele também esclarece que, apesar de todos esses benefícios, muitas pessoas ainda insistem em continuar nas ruas, inclusive, na mendicância.

Fábio Thoma esclarece que não cabe ao Município proibir o ato de oferecer esmolas às pessoas de rua. No entanto, ele esclarece que essa prática agrava ainda mais a situação dessas pessoas que vivem na mendicância.

“Não é recomendável dar esmolas para pessoas em situação de rua, pois esse gesto não contribui para a mudança da condição social delas. Pelo contrário, acaba agravando ainda mais o problema, pois incentiva o uso e tráfico de drogas ilícitas, até a exploração de crianças e idosos. Porque quem pede esmolas, muitas vezes, não está sozinho. Em muitos casos estão ligados a uma rede de exploração, que lucra com a vulnerabilidade dessas pessoas, que estão presas ao vício das drogas”, declarou Fábio Thoma.

“Uma vez ‘incentivadas’ a permanecer nas ruas, essas pessoas acabam ficando longe das políticas públicas que podem ser ampliadas, através de doações feitas aos Fundo da Criança e do Adolescente, bem como ao Fundo da Pessoa Idosa, já que os recursos serão de fato revertidos em benefícios, ao alcance dessa população. A ideia é sempre a busca por um caminho ideal para a reinserção dessas pessoas na sociedade”, disse o secretário.

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