A Prefeitura de Campina Grande inaugurou, nesta quinta-feira, 15, a Loja de Artesanato do Colo pra Mãe, programa ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). No espaço, localizado no hall do Shopping Partage, estão expostas cerca de mil peças produzidas pelas mães atípicas, atendidas pela Gerência da Pessoa com Deficiência (PCD). Entre as peças, estão laços, tiaras de cabelo, bolsas, canetas artesanais, vasos ornamentais, sandálias decoradas, entre outros itens, com preços que variam de R$ 5,00 até R$ 100,00.
A loja, que vai funcionar de segunda à sábado, das 10h às 22h, é um espaço para mostrar o trabalho de 38 mães atípicas, envolvidas no projeto. Uma delas é Ana Paula Miranda, professora de artesanato, que recebeu a missão de gerenciar a loja. Há três anos ela perdeu a filha, que tinha microcefalia. Para ela, participar do projeto é, sobretudo, uma forma de terapia e força para ajudar a superar as dificuldades. “Não tenho mais a minha filha, mas continuo com a missão e me orgulho de poder ajudar as demais mães a vivenciarem esse momento especial, que é poder vender produtos artesanais e ter uma renda extra, pois sabemos que cuidamos dos nossos filhos e não temos condições de trabalhar fora, já que a atenção com eles precisa ser redobrada. Também sou grata a nossa gerente, Edna Silva, pelo privilégio de coordenar os trabalhos da loja”, disse Ana Paula.
A contadora aposentada que mora em Salvador (BA), Maria das Dores Guimarães, foi uma das primeiras clientes. Ela está em Campina há dois meses e comprou laços. Ao lado da irmã, Maria contou que conhece de perto a realidade de mães atípicas, pois a sobrinha tem uma filha autista. ”Me chamou a atenção o trabalho das mães, a sensibilidade e o carinho com que produzem tantas peças lindas. Estou inclusive levando laços de cabelo para a minha sobrinha. Todas estão de parabéns!”, disse a turista.
“Estou muito feliz e quero agradecer a parceria do Partage, que está disponibilizando esse espaço para nós, no período de um mês. É uma forma dessas mães saírem da invisibilidade que antes viviam, sem ter uma renda extra, e hoje podem ser protagonistas de sua própria história, produzindo e ocupando seus espaços, sem ter que depender apenas do Benefício de Prestação Continuada (BPC), para sobreviverem. Não tenho como mensurar tudo o que estamos vivendo aqui”, disse a gerente PCD no município, Edna Silva.
Para a diretora de Proteção de Média e Alta Complexidade da Semas, Ana Cleide Rotondano, a loja é mais um importante serviço para que a população conheça de perto o trabalho das mães atípicas. “Um trabalho acompanhado e feito com muita responsabilidade pela Gerência PCD, um momento em que elas tem a chance de mostrar o talento de forma voluntária e uma renda extra que servirá tanto de sustento como para melhorar a autoestima de cada uma deelas. Um trabalho feito a várias mãos”, disse a diretora.
“Impossível não se sensibilizar com o trabalho desenvolvido com essas famílias atípicas, ainda mais quando podemos contar com uma parceria tão importante como a do Shopping Partage, que sempre abraça as causas da assistência social, sobretudo, da Gerência PCD. Estamos muito felizes e satisfeitos em proporcionar esse momento mais do que especial, para todas as mães atípicas”, concluiu o secretário da Semas, Fábio Thoma.
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