A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Gerência da Criança e do Adolescente da Secretaria de Assistência Social (Semas), e da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente (Redeca), promoveu na manhã desta terça-feira, 12, um debate sobre o combate às drogas e ao suicídio junto ao público infanto-juvenil. O evento foi realizado no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), visando à proteção de crianças e adolescentes do Município.

O debate teve como objetivo mobilizar a Rede e sociedade civil organizada, chamando atenção para a promoção de políticas públicas eficazes ao enfrentamento e combate ao consumo de álcool, drogas e outras substâncias, por parte de crianças e adolescentes. Na ocasião foi convidado Aguinaldo Batista, que é presidente do Conselho Municipal Antidrogas (COMAD/CG) e coordenador geral da Associação Campinense de Prevenção às Drogas. Ele falou sobre a realidade atual no Município, desafios e necessidades de criar equipamentos para auxiliar essa demanda que, segundo ele, é crescente na cidade.

“É de fundamental importância porque existe uma rede com vários profissionais e instituições, pensando em fazer o melhor para crianças e adolescentes. Isso só fortalece a busca por políticas públicas e, ao mesmo tempo, amplia essa discussão em busca de uma qualidade de vida na saúde e no serviço social”, disse Aguinaldo Batista.

Na oportunidade, também foi tratada a temática do suicídio. O psicólogo Alexandre Brasil, apresentou dados sobre o aumento do problema nas várias faixas etárias, porém envolvendo principalmente crianças e adolescentes. Ele também mostrou vários contextos em que se dão essas situações e como identificar circunstâncias que possam desencadear tal ato.

“Infelizmente é um tema atual e recorrente. Vimos que, com o passar do tempo, não falar sobre o suicídio não resolveu. Ao contrário, acabou aumentando o número de casos. Temos inclusive um aumento preocupante em todo o país, com casos envolvendo crianças e adolescentes. Isso é um alerta que precisa, cada vez, ser propagado por todos os profissionais que atuam com esse público”, disse o psicólogo Alexandre Brasil.

Para Cione, coordenadora do Cras Galante, o evento foi um momento ímpar, pois é também uma oportunidade para falar sobre as dificuldades enfrentadas no dia a dia, com as mais diversas situações. “Na prática nos acrescenta mais conhecimento e tiramos dúvidas sobre como agir, no dia a dia, em relação também à rede de atendimentos no município”, disse a coordenadora.

“Enquanto Rede, precisamos articular melhor, fazer um debate mais técnico, para enfrentar com mais propriedade as demandas que chegam todos os dias. Precisamos dar mais celeridade aos encaminhamentos, envolvendo crianças e adolescentes que enfrentam muitas situações de vulnerabilidade social. Muitas acabam recorrendo ao suicídio, o que é preocupante”, declarou a gerente de Proteção da Criança e do Adolescente, Rouseane Andrade.

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