Venezuelanos recém-chegados puderam conhecer Projeto Social da Pastoral e serviços socioassistenciais no município

Na manhã desta quinta-feira, 07, a Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), através da coordenação do Espaço Humanitário do Refugiado Migrante Warao, participou de um encontro promovido pelo Serviço Pastoral do Migrante – Nordeste, na sede do Secretariado Diocesano da Pastoral-CG, com o objetivo de ampliar a divulgação do trabalho de Acolhimento Humanitário realizado no município, bem como de todos os demais serviços realizados pela Semas.

Na oportunidade, o agente de Proteção Social da Pastoral, Andrez Felipe, apresentou a todos os presentes detalhes do projeto Proteção, Prevenção, Resiliência da Covid-19 (PCPR II), lançado em novembro de 2021, criado com o objetivo de ajudar a conter a propagação da covid-19 em zonas de fronteira, no Brasil, Colômbia e no Peru, entre migrantes, refugiados, indígenas, repatriados, populações afetadas por conflitos e comunidades de acolhida.

Na prática, o projeto que é dividido em quatro enfoques: Saúde, Higiene Básica, Atenção para as necessidades básicas e Segurança Alimentar, tem como meta beneficiar em média 27.200 pessoas migrantes, nos estados de Roraima, Amazonas, Rondônia, Acre e Paraíba.

A coordenadora do Espaço Humanitário, Thais Lima, apresentou todos os serviços da Prefeitura, realizados pelas Semas e disponíveis para os migrantes. Os advogados Samara Almeida e Arthur Da Gama França, que atuam junto ao Espaço Humanitário e ao Centro de Referência em Assistência Social – CREAS 3, também ampliaram as informações sobre a série de serviços e tiraram dúvidas do participantes.

De acordo com a Pastoral, atualmente cerca de 30 venezuelanos estão na cidade, incluindo as famílias waraos que são acolhidas pela Prefeitura no Espaço Humanitário no bairro Jeremias. No encontro estiveram presentes alguns venezuelanos não-indígenas, que estão na cidade há mais tempo e outros recém-chegados.
É o caso de Diana Carolina Santoyo, 42 anos, que chegou à Campina há 3 meses. Casada e mãe de dois filhos, de 13 e 17 anos que estão na 3º e 7º ano do ensino fundamental, ela conta que o marido atuava como açougueiro na Venezuela. Atualmente está desempregado e a família tem dificuldades de pagar o aluguel da casa onde moram. “Estamos gostando de Campina Grande e temos esperança que a situação melhore para a nossa família por aqui, principalmente a partir dessa ajuda da Pastoral e da Prefeitura, por meio da Semas”, salientou Diana.

A dona de casa Arianna de La Concepcion, 24 anos, grávida de 6 meses, chegou na cidade há 20 dias e mora com o esposo na casa dos pais dele. O marido que está cursando engenharia civil, está desempregado, e ela teme pelo futuro do bebê em meio à tantas dificuldades.

Segundo o agente de Proteção Social do Projeto PCPR II, Andrez Felipe, a partir desse encontro estaremos levantando o perfil desses migrantes. “Com a pandemia, percebemos a necessidade de buscarmos meios de proteger essas famílias, já que a nossa atuação se baseia exatamente em questões emergenciais, como a insegurança alimentar, higiene, questões econômicas.

“Sabemos da importância em mantermos essa parceria com o município, no sentido de facilitar e melhorar a vida dessas pessoas. Para isso, eles precisam conhecer mais de perto essa atuação. Por isso esse encontro de hoje é tão importante, ressaltou Andrez Felipe.

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