A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Coordenação de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (PCD), da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), realizou, na manhã desta quinta-feira, 15, o 2º Encontrão do programa Colo pra Mãe, que reuniu 80 mulheres assistidas pelo programa Colo Pra Mãe. O número de mães atípicas, neste segundo Encontro, foi três vezes maior que o primeiro, realizado no último mês de abril, com a presença de 17 mulheres. Desde que foi implantado há 6 meses, o Colo pra Mãe já atendeu mais de mil mulheres no município.

Realizado no Centro Dia, no bairro Universitário, o Encontro teve como tema: “Mães Pela Vida”, e tem como principal objetivo, auxiliar mulheres que possuem filhos com algum tipo de deficiência física e/ou intelectual, a buscar o autocuidado e dar atenção às suas necessidades. O evento também faz alusão à campanha Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, realizado pela Prefeitura, por meio da Coordenação de Saúde Mental do Município.

Por entender que essas mães acabam tirando de si a prioridade e precisam de cuidados especiais, a Coordenação PCD, tem realizado várias ações que promovem atividades de interação, tais como oficinas e atendimentos psicológicos em grupo; “Semana Colo Pra Mãe”, que reuniu várias atividades, no último mês de maio; bem como o Curso de Corte e Costura, que no início deste mês, em parceria com o Instituto Alpargatas e o Senai, concedeu diploma a 32 mulheres.

Nesta quinta, o objetivo da Coordenação PCD, foi fazer com que as mães se sentissem à vontade para falar sobre lutas e compartilhar forças, reforçando a autoestima e estimulando a empatia umas com as outras. As participantes foram recebidas de forma calorosa por toda a equipe (que também é composta por algumas mães atípicas e pessoas com deficiência), enquanto os filhos, eram assistidos pelas cuidadoras do Centro Dia. Todo o evento foi traduzido em libras para duas mães surdas.

Durante uma das dinâmicas, a coordenadora PCD, Edna Silva, lembrou às mães atípicas sobre o quanto o momento de descoberta da gravidez pode gerar um misto de emoções, especialmente, a partir das expectativas e reações de pais, familiares, vizinhos e amigos, na descoberta do diagnóstico dos filhos. Para as mães atípicas, é nesse momento, que começa a luta por respeito. Também foram tratados diversos problemas vivenciados pelas mães atípicas, como abandono, julgamentos, preconceitos e agressões.

A regra, durante o encontro, era esvaziar-se de tudo que gera tristeza e preencher-se de fé e esperança. A programação contou ainda com atividades coletivas com café da manhã e música ao vivo, com a participação especial da cantora de rua, Thielly Lohane. Segundo Isabel Lopes, mãe de uma criança de 7 anos, que possui paralisia cerebral, microcefalia e autismo; o momento de descontração com música ao vivo, foi especial. “Foi uma manhã diferente, pra gente deixar os problemas de lado e ser feliz. Saio daqui muito mais leve, foram, de fato, momentos inesquecíveis”, disse.

“Em breve, as mulheres do Programa Colo pra Mãe, terão acesso a aulas de hidroterapia, acompanhamento de um personal trainer e atendimentos com ginecologista e clínico geral. Além disso, estamos articulando um curso à distância (EAD), com o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti), em uma universidade privada da cidade. Todas as atividades serão realizadas no Centro Dia, que em breve estará sediando também a Coordenação PCD”, destacou Edna Silva.

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