O Grupo Maria de Nazaré foi fundado em 2001 e se reúne no salão da comunidade, no Bairro Ramadinha 2. E todos os anos integram a Quadrilha Trilha Nova, que se apresenta em vários locais da cidade e, entre sorrisos e choro emocionado, espalha alegria pelo São João campinense.A coordenadora Joana da Silva, 72 anos, contou sobre os desafios de liderar as senhoras e motivá-las a participar todos os anos da quadrilha. Entretanto, apesar dos desafios, ela conta que a festa junina tem uma magia que encanta a todos e contagia.
“Na verdade a festa junina é uma festa de todo mundo, é uma festa que não precisa de roupa nova, precisa de você estar de pé e agrada a todas as pessoas, de todas as classes sociais e de todas as idades”.Outro que falou sobre a importância desse grupo foi Sergio Nascimento, 50 anos. Ele é um dos voluntários da comunidade e destaca a importância, não só na época dos festejos juninos, como também no decorrer do ano.
“Elas se reúnem o ano todo, não dá pra mensurar a importância de socializar nessa idade”, comentou, Sergio.
Maria de Lourdes, 84 anos, dança há bastante tempo e fala com alegria dos encontros, viagens e passeios que o grupo proporciona, especialmente na época junina, com a quadrilha. “Nessa idade as pessoas acham que não sobra mais nada pra gente, mas agora que começamos a viver”.Essa vitalidade que a dança proporciona é a motivação para muitas delas, que encontraram a alegria e afastaram de vez a tristeza. Um desses casos é o de Virginia da Silva, 56 anos, que pós a morte do filho e do marido entrou em depressão. Não saia da cama. Então conheceu a quadrilha Trilha Nova e foi como renascer. “Essas pessoas mudaram minha vida é como começar de novo”, disse ela.
Entre as tantas senhoras se destacam algumas crianças, dentre elas, Ana Clara, neta de Virginia. A vó conta como é a essa experiência:
– Eu não dancei quando era jovem e agora depois de velha, danço com a minha neta me acompanhando, é emocionante, enfatizou.