Autor: Notícias PMCG

Representatividade: Glória Maria se destaca como a única mulher no curso de eletricidade oferecido pela Prefeitura de Campina Grande

O curso é oferecido para pais e mães de estudantes da rede municipal de ensino, em parceria com o Instituto Alpargatas e o SENAI.

01/04/2025 10h37 Atualizado há 3 semanas

Glória Maria Oliveira Ferreira, 39 anos, é, atualmente, a única mulher em um curso de eletricidade básica, predial e industrial, oferecido pela Prefeitura de Campina Grande, por meio de uma parceria da Secretaria de Educação com o Instituto Alpargatas e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Em meio a uma turma com 22 colegas homens, a mulher tem demonstrado que a escolha da profissão não deve ser pautada pelo preconceito de gênero.

A decisão de começar o curso foi tomada no início do ano e as aulas são de segunda a sexta-feira, no Centro Profissional Antônio de Carvalho Souza (Cepacs). Glória conta que sempre teve interesse por eletricidade, mas a oportunidade de ingressar no curso surgiu após sair do emprego. “É uma atividade que eu já fazia em casa. Então, decidi entrar para crescer profissionalmente. A cada dia estou gostando mais”, afirma, planejando seguir para uma especialização técnica mais avançada no futuro.

A história de Glória reflete uma das ações do município para qualificação profissional para mulheres, promovendo cursos em diversas áreas. A iniciativa busca ampliar a inserção feminina no mercado de trabalho e garantir mais independência econômica. O curso de eletricidade, do qual Gloria faz parte, é um dos exemplos desse compromisso com a inclusão e a equidade de gênero.

Apesar do estranhamento inicial dos colegas, Glória demonstrou o quanto estranhar o diferente não significa que ele não deva existir e que o grupo que não o representa esteja livre para discriminar. “No começo, muitos ficavam surpresos, achavam que eu não levaria a sério. Mas, com o tempo, viram que eu gostava e tinha interesse real”, relata. A presença da estudante na turma não apenas reforça que as mulheres podem atuar na área, mas também incentiva outras a buscarem qualificação.

O colega Fábio da Silva, que integra o grupo de trabalho de Glória, reconhece o ganho da presença dela na turma. “Ela quer fazer tudo, e a gente precisa dividir as tarefas. Às vezes, o que não conseguimos deixar bem acabado, ela, com sua delicadeza, consegue”, afirma. Ele também pontua que a presença feminina no curso ajuda a quebrar preconceitos e mudar a forma como os homens interagem nesse ambiente.

Para o professor Luis Jairo, que há 22 anos ministra aulas de eletricidade no Senai, houve um crescimento exponencial da participação feminina na área nos últimos cinco anos. Segundo ele, as mulheres têm demonstrado bastante habilidade e desempenho, aprendendo e executando qualquer tipo de instalação elétrica com excelência. “Temos alunas que saíram para o mercado de trabalho e se tornaram excelentes eletricistas”, afirma.

Os estudantes do curso de eletricidade básica, predial e industrial vão receber três certificados. Nesse primeiro momento, estão concluindo as 160 horas dos módulos fundamentos da eletricidade (40 horas); instalador de sistemas elétricos prediais (80 horas); e manutenção de sistemas elétricos (40 horas). Após essa fase, a turma vai para a sede do Senai para o curso de eletricidade predial (120 horas). Além disso, também será oferecido o curso de NR-10, a norma regulamentadora de segurança para instalações elétricas (40 horas).

Codecom


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