A Secretaria da Agricultura de Campina Grande (Seagri) está ultimando alguns detalhes de ordem operacional para retomar as atividades do projeto de hortas orgânicas nas escolas e creches municipais, como também a implantação e execução de dois novos projetos destinados à zona rural.

Um é o cultivo consorciado de palma com o algodão, enquanto o outro visa a introduzir o umbu gigante. Segundo os técnicos da Seagri, estas duas culturas agrícolas oferecem amplas condições para aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares do município.

Com o propósito de iniciar o quanto antes a execução desses três projetos, o secretário Renato Benevides Gadelha, da Agricultura, promoveu, ao longo desta semana, duas reuniões com engenheiros agrícolas e agrônomos e técnicos daquela Pasta. Na ocasião, planejaram as áreas a serem utilizadas e definiram o público alvo a ser contemplado com essas iniciativas.

O projeto de hortas orgânicas deve começar pela Creche Galdina Barbosa Silveira, localizada no bairro dos Cuités, como possibilidade de ser estendido às Creches Galba Farias Pimentel e Maria Emília Cordeiro,que funcionam nos bairros do Jardim Continental e do Araxá,respectivamente. O Centro do Idoso, instituição mantida pela Prefeitura de Campina Grande, nos Cuités, também poderá ser beneficiado pelo projeto.

De início, os técnicos da Seagri irão cultivar coentro, alface, cebolinha, couve, cenoura, batata e beterraba. A produção servirá de reforço à merenda escolar dos matriculados nessas instituições, como também será doada às famílias dos alunos envolvidos com o projeto. A Seagri estuda, ainda, a possibilidade de estender hortas comunitárias aos terrenos da Prefeitura ainda desocupados na cidade.

Com relação ao projeto sobre plantio consorciado da palma forrageira com o algodão, entende o secretário Renato Gadelha que, uma vez o agricultor usando uma mesma área para o cultivo de duas ou mais espécies, aumenta a possibilidade dele aumentar a sua renda familiar, principalmente com a comercialização do algodão, uma vez que aqui mesmo na Paraíba existe uma fábrica, a Norfil, em João Pessoa, que garante a compra de toda a produção.

A Seagri, segundo Renato Gadelha, trabalha com a possibilidade deste projeto ser implantado no assentamento Pequeno Richard, em Catolé de Boa Vista, por questão de logística. Para o secretário, onde há integração entre lavoura, pecuária e floresta, o desenvolvimento chega mais cedo.

O projeto “Umbu Gigante”, implantado de forma pioneira no Estado da Bahia, está sendo importado pela Seagri, através da aquisição de 300 mudas dessa árvore frutífera. Deste total, 250 serão destinadas à distribuição com os agricultores, enquanto as 50 restantes serão utilizada para a construção de um viveiro próprio da Secretaria.

A produção do umbu gigante dar-se-á em apenas quatro anos, ao invés de 12 anos, e tem tamanho quatro vezes maior do que o fruto tradicional, fatores estes que são traduzidos em reforço na alimentação e até na economia dos agricultores familiares do município que venham a fazer parte desta inovação agrícola na região.

Fazem parte desses projetos, sob acompanhamento do secretário Renato Gadelha e com o apoio do prefeito Bruno Cunha Lima, as engenheiras agrícolas Noelly Araújo e Júlia Soares; engenheiro agrônomo Joselito Moraes; agroecóloga Giliane Vicente e o técnico agropecuário João Paulo da Silva. A logística de todo o trabalho fica a cargo do diretor administrativo-financeiro da Seagri, Herbert Carneiro Almeida.

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