A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Obras (Secob), apresentou, na manhã desta sexta-feira (16), durante audiência pública na Câmara Municipal “Casa de Félix Araújo”, o projeto de duplicação da Avenida Francisco Lopes de Almeida. O encontro, proposto pelo vereador Anderson Pila, teve como foco a apresentação técnica da proposta de requalificação da via e a discussão sobre a reintegração de posse de áreas ao longo do trecho, necessárias para viabilizar a obra.

Com cerca de 2 km de extensão, a Avenida Francisco Lopes de Almeida liga a BR-230 à ponte do Cruzeiro e cruza cinco bairros da zona oeste da cidade, sendo Malvinas, Dinamérica, Santa Cruz, Cinza, Rocha Cavalcante, além de beneficiar o Portal Sudoeste. A via é considerada estratégica para a mobilidade urbana de Campina Grande, beneficiando diretamente cerca de 100 mil pessoas e respondendo a um fluxo médio diário de 21 mil veículos, além de abrigar o trajeto de cinco linhas do transporte coletivo.

A proposta de requalificação da via foi detalhada pela Secretaria de Obras (Secob), por meio do secretário Joab Machado, que apresentou as diretrizes do projeto: duplicação das vias com base no fluxo atual e nas projeções futuras, implantação de ciclovias, calçadas acessíveis, novo sistema de drenagem, diminuição da poluição visual, paisagismo, iluminação em LED, rampas de acessibilidade, piso direcional tátil, novos abrigos de ônibus e mobiliário urbano. O projeto também prevê a reintegração de posse de áreas do canteiro central.

Ao todo, serão implantados mais de 25 mil m² de asfalto novo, 17 mil m² de calçadas acessíveis, 4,5 mil m² de vias elevadas e compartilhadas e mais de 7 mil m² de áreas verdes. Estão previstas mais de 120 vagas de estacionamento, preservação de 92 árvores e o plantio de mais de 80 novas. A ciclovia terá mais de 4 mil metros lineares, contribuindo para a mobilidade naquela região da cidade.

Durante a audiência, o prefeito Bruno Cunha Lima destacou a importância da obra e reforçou que os recursos estão garantidos para sua execução, ressaltando o compromisso da gestão com o planejamento urbano e a escuta à população.

“O que nós queremos é apresentar solução para as demandas que a cidade precisa, como detalhe: o projeto está pronto e o recurso está garantido. Nós apenas precisamos dirimir questões técnicas para poder realizar um sonho de cerca de 40 anos, que será a duplicação da Avenida Francisco Lopes de Almeida, continuação da avenida Almirante Barroso. Essa é uma gestão que está aberta ao diálogo e é uma gestão que tem compromisso com a cidade, de entregar resultados”, disse o prefeito Bruno Cunha Lima.

Já o secretário de Obras, Joab Machado, ressaltou que o projeto está em fase de diálogo e que as decisões são pautadas em critérios técnicos de engenharia e mobilidade urbana.

“Esse é o projeto executivo, é um processo que vai ser conversado, teremos diálogo e também melhorias para os comerciantes que ali estão presentes. A justificativa técnica de porque utilizar esse espaço é dito por esse tipo de dispositivo (projeto), são vários tipos de dispositivos de engenharia que a gente precisa implantar na avenida para conseguir ter uma mobilidade urbana com eficácia, com eficiência”, explicou Joab Machado, secretário de Obras de Campina Grande.

A audiência pública contou com a presença dos vereadores Anderson Pila, Luciano Breno, Saulo Noronha, Rostand Paraíba, Aninha Cardoso, Wellington Cobra, Fabiana Gomes, Alexandre do Sindicato, Jô Oliveira e Pimentel Filho. Também estiveram presentes o secretário de Planejamento, Marcus Nogueira; o superintendente da STTP, Vitor Ribeiro; o promotor de Justiça, Hamilton de Souza Neves Filho, da Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Social do Ministério Público da Paraíba (MPPB); comerciantes da Avenida Francisco Lopes de Almeida e uma representante da comissão dos comerciantes.

A audiência marcou o início de um processo de escuta e aperfeiçoamento do projeto, que será conduzido pela Prefeitura de Campina Grande com o objetivo de garantir melhorias estruturais sem comprometer os interesses dos comerciantes e moradores da região.

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