O período de São João tem suas cores próprias, sua culinária característica, essência musical e estilos com identidades definidas. São elementos marcantes que, rapidamente, nos remetem às festas juninas. Entre os destaques estão as cores trabalhadas nas festas. O vermelho, amarelo e laranja, que representam o fogo da fogueira. Há ainda o verde e o […]
O período de São João tem suas cores próprias, sua culinária característica, essência musical e estilos com identidades definidas. São elementos marcantes que, rapidamente, nos remetem às festas juninas. Entre os destaques estão as cores trabalhadas nas festas. O vermelho, amarelo e laranja, que representam o fogo da fogueira. Há ainda o verde e o azul, para fazer a harmonização com outras cores da decoração. São tons valorizados e mantidos em decorações de festas e áreas para a realização de eventos juninos, a exemplo do Parque do Povo, local onde se concentram os festejos do Maior São João do Mundo.

Os tecidos, usados na confecção de roupas e na decoração, também são referências para este período. O chitão com estampas de flores grandes e a estopa marcam a identidade das festas de São João em diferentes modos decorativos. “Tudo se renova. Mas não se pode descaracterizar a tradição”, destacou Paulo Campos, artista plástico. O algodão colorido também é muito usado nessa época, por representar a rusticidade na decoração.

Economicamente, o período de preparação para festas juninas é significativo para a cidade. Nessa época, aumenta a contratação de profissionais para áreas da decoração, cenografia e também artistas plásticos. É um período que garante aumento nas vendas do comércio da cidade e a geração de mais empregos, especialmente os temporários.

Para a professora Cléa Cordeiro, diretora do Memorial do Maior São João do Mundo, a festa de São João costuma agradar aos cinco sentidos: visão (nas cores dos balões e das bandeiras e bandeirolas), paladar (das comidas de milho), olfato (dos aromas característicos das comidas feitas com o milho e demais pratos típicos, além da fumaça das fogueiras), audição (ritmos do forró, xaxado, xote, baião e das marchas), tato (festa das confraternizações entre familiares e amigos, dos abraços de reencontros).

Os festejos juninos precisam ser revistos para garantir a preservação do tradicionalismo que a festa exige. São características que não podem ser esquecidas. O evento não pode perder a essência da cultura popular, que é sua identidade, ressaltou o memorialista Walter Tavares.
Fonte: Codecom