A Unidade de Pronto Atendimento Raimundo Maia (UPA Alto Branco) esclarece sobre informações distorcidas que circularam nas redes sociais acerca de um paciente internado no serviço com uma lesão de membro inferior.

De acordo com a médica Ana Paula, da Ala Amarela, o paciente de 66 anos de idade sofreu uma mordida de cachorro no pé e, segundo familiares, se recusou a procurar atendimento. Uma semana após o incidente, no dia 1 de novembro, o paciente procurou a UPA já com uma lesão crítica e foi internado.

No domingo, 3, o paciente realizou exames de imagem no Hospital Municipal Pedro I que constataram o comprometimento do pé e a baixa circulação do fluxo sanguíneo, visto que ele também é uma pessoa com diabetes, o que dificulta a cicatrização. Durante a semana, ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Dr. Edgley para passar por avaliação de cirurgião vascular, e após a análise, foi indicada a amputação do dedo, diante do quadro irreversível.

Contudo, o paciente se recusou a realizar a amputação e ficou em observação realizando apenas tratamento paliativo, com antibióticos. Somente depois de dois dias, o paciente aceitou realizar o procedimento. Em razão disso, a solicitação da cirurgia foi realizada e inserida na agenda da unidade hospitalar Dr. Edgley, devendo ser executada nos próximos dias.

Diferentemente do que foi veiculado, a UPA esclarece que o paciente está recebendo tratamento digno, com troca de curativos constantemente e está em um leito distanciado dos demais pacientes para evitar novas infecções. A unidade também ressalta que um leito foi adaptado para receber o acompanhante do idoso. Apesar disso, o paciente permaneceu na unidade durante dois dias sem presença de acompanhante. Ele está estável, caminha e se alimenta bem.

A UPA do Alto Branco é referência para pacientes com isquemia crítica de membros inferiores. Antes, esses pacientes só eram acompanhados em João Pessoa e passaram a receber atendimento na própria cidade a partir de 2021. O município contratou médicos vasculares e angiologistas e estruturou um serviço de referência no Hospital Municipal Dr. Edgley, que trata de casos como este, de pacientes com varizes e aqueles com o chamado “pé diabético”, entre outras patologias.

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