A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, inicia neste domingo, 20, um circuito de lives dentro da programação d’O Maior São João do Mundo. Ao todo, serão quatro lives que vão rememorar a história de Zé Bezerra, Zé Lagoa, Seu Vavá e Joacir Oliveira, denominadas de ‘Zabumba Lá”. A transmissão acontecerá pelo canal da Prefeitura, no Youtube, acessando o link https://www.youtube.com/user/pmcgoficial.

Além de narrar a história das personalidades que dão nome às palhoças de forró, instaladas no Parque do Povo, esta primeira edição terá a participação do cantor Diomedes Filho, dos emboladores Condor e Beija-flor, do sanfoneiro Roninho do Acordeon e do Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra. As apresentações musicais fazem parte do calendário de contrapartidas dos contemplados pela Lei Aldir Blanc.

O circuito de lives será iniciado com a história de José Bezerra de Lima, mais conhecido Zé Bezerra, que foi um radialista e artista paraibano. Sua história será contada através de depoimentos de familiares e amigos do comunicador. A live será apresentada por Lima Filho e Alberto Schelynton.

As lives serão realizadas no Teatro Municipal Severino Cabral, nos dias 20, 21, 22 e 27 deste mês, às 18h, seguindo todos os protocolos de segurança estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) de prevenção contra à covid-19. Entre as normas de segurança estão a disponibilização do álcool em gel e a garantia de distanciamento físico.

Um pouco sobre a história de Zé Bezerra

Zé Bezerra nasceu em 09 de março de 1919, na cidade de Campina Grande. Participou do grupo “Os Comediantes” e foi um dos fundadores da antiga Rádio Borborema, hoje Rádio Clube. Fez muito sucesso com seu programa “Bom dia Nordeste”. Além disso, era humorista e ator. Fez parte das radionovelas que eram apresentadas na Borborema, entre as décadas de 1950 e 1960.

No humorístico “Serapião e Faustina”, de Fernando Silveira, Bezerra fazia o personagem Serapião que, ao lado da atriz Iaiá Lucena, interpretava um casal que vivia em brigas, devido aos problemas da cidade.

Por alguns anos se afastou dos trabalhos artísticos para se dedicar ao comércio de couro e do transporte, mas não ficou muito tempo longe. Mais tarde, o radialista voltou à Rádio Borborema, como diretor comercial. Na cultura popular foi um grande incentivador dos artistas emboladores.

Faleceu em 1991, em virtude de um derrame cerebral sofrido em 1983, aos 72 anos. Mas deixou um legado na cultura campinense que é lembrado até hoje por seu fiel público.

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